ViaCircular Transporte Coletivo

Sistema de Transporte Público Urbano

Índice da página

1. Modos de Transporte Urbano

Podem ser classificados em três categorias: a) privado ou individual; b) público coletivo ou de massa; c) público exclusivo ou semipúblico.

1.1 – Transporte privado ou individual

É aquele onde a pessoa tem total liberdade de manipular, seja para ir aonde quiser e o horário que quiser. Carros particulares, bicicletas são exemplos desse tipo de transporte.

1.2 – Transporte público coletivo ou de massa

São veículos que fazem itinerários definidos com horários determinados pela empresa ou algum órgão fiscalizador. São os ônibus, lotações, trens, etc.

1.3 – Transporte público exclusivo ou semipúblico

São veículos de uso público, porém, com mais restrição de passageiros, flexibilidade para itinerários e horários. Ônibus fretados por empresas, táxis, são exemplos desse tipo de transporte.

2. Fatores Essenciais para Qualidade no Transporte

Muitas questões podem ser abordadas para definir o que é a qualidade no transporte urbano. Muitos princípios foram criados para definir essa qualidade, em uma conclusão geral de estudo foi apontado os principais tópicos que procuram beneficiar a maior parte dos envolvidos: passageiro, governo e empresários.

2.1. Acessibilidade
Acessibilidade

Definido por como o passageiro chega até o local de embarque, o acesso aos pontos de parada e aos veículos. A qualidade da infraestrutura do caminho casa <-> transporte.

2.2. Frequência de atendimento
Frequência de atendimento

Distância medida por tempo entre um veículo e outro (headway). Tempo de espera no local de embarque. Intervalo de atendimento.

2.3. Tempo de viagem
Tempo de viagem

Tempo total de viagem de origem e destino do passageiro dentro do veículo. Calculando também a velocidade média da viagem. Relação de tempo de viagem coletivo x carro particular.

2.4. Lotação
Lotação

Quantidade de passageiros no interior do coletivo.

2.5. Confiabilidade
Confiabilidade

Relacionado ao grau de certeza do passageiro de que o veículo irá passar e que ele chegará no destino. Problemas com viagens não realizadas, atrasos e adiantamentos.

2.6. Segurança
Segurança

Acidentes. Atos de violência como assaltos, roubos, agressões, dentro dos veículos e nos locais de espera do coletivo.

2.7. Características dos veículos
Características dos veículos

Aparência do veículo, tecnologia oferecida ao passageiro, conforto oferecido. Importante ressaltar que para não para desviar atenção do passageiro do foco principal, que é transportar, com futilidades desnecessárias.

2.8. Características dos locais de parada
Características dos locais de parada

Condições do calçamento, identificações visuais, cobertura adequada (útil e funcional e não para bonito), bancos para sentar. Aparência em geral.

2.9. Sistema de informações
Sistema de informações

Informação necessária ao passageiro como dados sobre itinerários e horários, clareza nas informações de número e nome das linhas. Informações e reclamações no sistema de atendimento ao cliente (SAC).

2.10. Conectividade
Conectividade

Facilidade de deslocamento entre dois pontos quaisquer da cidade. Qualidade das integrações físicas ou tarifárias.

2.11. Comportamento dos operadores
Comportamento dos operadores

Referente aos funcionários das empresas, comportamento e profissionalismo.

2.12. Estado das vias
Estado das vias

Pavimentação e qualidade das vias onde o coletivo trafega, sinalizações adequadas.

2.13. Tarifa
Tarifa

Comparação com outras cidades de mesmo porte.

Fatores de necessidade
  • Nível dos empresários: rentabilidade do capital, prazo para recuperação do investimento (período de concessão/permissão) e reconhecimento pelo trabalho (imagem da empresa).
  • Nível dos trabalhadores: salários e benefícios, jornada de trabalho, local de trabalho, reconhecimento e respeito, integração e motivação e oportunidade de desenvolvimento.
  • Nível da comunidade: contaminação do ar, poluição sonora, prejuízo para o trânsito (aglomerações), segurança (acidentes), degradação de espaços públicos (aproveitamento dos locais destinados ao transporte), valor da tarifa, aparência dos ônibus e locais de embarque, situação dos funcionários, cumprimento das leis e a imagem que o serviço passa à população.
  • Nível do governo: valor da tarifa, qualidade do serviço (programas de avaliação), eficiência do serviço, situação judicial das empresas, imagem do serviço (nos meios de comunicação), satisfação: dos usuários, da comunidade, dos trabalhadores e dos empresários.

3. Passagem: Tipos de Integração

Uma integração pode ser considerada pela transferência de um veículo ao outro. De mesma modalidade é chamado de intramodal (exemplo: terrestre para terrestre), de modalidades diferentes é intermodal (exemplo: terrestre para aéreo). No transporte coletivo urbano podem ser feitos três tipos de integração: a física, a tarifária e a operacional. Uma não exclui a outra, então pode ter combinações de integrações.

3.1. Integração Física

A integração física envolve uma estrutura de transbordo (ponto de transferência) ou terminal, onde o passageiro desembarca de um veículo e aguarda para embarcar em outro veículo sem pagar pela segunda passagem. Uma ou mais integrações físicas podem ser feitas em um sistema fechado. Estações com pré-embarque também são consideradas integrações físicas.

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Integração Física dentro de um terminal fechado.
Fonte: criado por César Mattos.

3.2. Integração Tarifária

A integração tarifária não necessidade de uma estrutura física, ela pode ser feita em qualquer ponto da cidade. Geralmente é gerenciada por um sistema de bilhetagem eletrônica, onde é definido um tempo limite para integração entre um veículo e outro. As integrações podem ser feitos com tarifas menores à passagem normal ou então com total gratuidade.

Integração Tarifária

3.3. Integração Operacional

Efetuada pela coordenação dos serviços em termos de horários, frequências e itinerários complementares; pressupõe uma integração física e terminais de transferência (ou transbordo), sendo estas de caráter compulsório, em geral. A combinação de uma linha troncal com várias linhas alimentadoras que iniciam viagem ao mesmo tempo quando a integração é feita.

4. Tipos de Linhas

As linhas são reproduções geográficas com vários atributos tais como pontos de paradas, terminais, seções operacionais, tarifas, itinerários, dados operacionais referentes ao trajeto, entre outros dados relevantes à operação da linha.

A viagem refere-se ao sentido da linha, seja ela direção centro para o bairro ou vice-versa, de alguma zona para outra como direção sul para o norte, leste para o norte, etc., ou também de algum ponto final específico para outro como direção do terminal X para terminal Y.

Os terminais ou pontos finais são locais aonde a viagem se inicia e/ou termina. Essas definições podem variar conforme a região, em alguns lugares o “terminal” é a definição para o último ponto de parada da linha e em outros lugares a palavra “terminal” se refere ao lugar físico como estrutura que abriga vários pontos finais. O ponto, parada ou ponto de parada se refere aos locais pré-determinados ao longo do trajeto em que são realizados embarques e/ou desembarques de passageiros.

As linhas podem ser definidas, de acordo com o TRAÇADO, pelos tipos:

4.1. Radial

Liga a área central aos bairros (Tipo Centro/Bairro <-> Bairro/Centro).

Linha Radial

4.1.1. Radial Envolvente

Mesma ideia da Linha Radial, porém na região central faz um traçado circular.

Linha Radial Envolvente

4.2. Diametral

Conecta duas regiões passando pelo centro da cidade.

Linha Diametral

4.3. Circular

Linhas que formam trajetos circulares, sem passar pelo mesmo local, tendo apenas um sentido e com o ponto final sendo o mesmo inicial. Pode ter sentido horário e/ou anti-horário.

Linha Circular

4.4. Interbairros / Perimetral / Intersetorial

Liga duas ou mais regiões sem passar pela área central.

Linha Interbairros

4.5. Local / Setorial

Linha que transita apenas em uma determinada região de perímetro curto. Geralmente chamado de linhas da vizianhança ou de bairro. Uma linha local pode ter o traçado circular ou retilíneo.

Linha Local

5. Funções das Linhas

As linhas podem seguir as seguintes funções, de acordo com o tipo de sistema adequado:

5.1. Convencional, Comum ou Paradora

Linhas normais fazendo origem-destino, parando em todos pontos ao longo do itinerário e nenhuma restrição.

Linha Convencional

5.2. Troncal ou Interestação

Linha que opera em uma artéria principal da cidade, ligando dois pontos de concentração de demanda. Geralmente ligando centro da cidade ao terminal ou ao centro de uma cidade metropolitana, fazendo o transporte de altas demandas.

Linha Troncal

5.3. Alimentadora

Linha que opera recebendo a captação da concentração de demanda e distribuindo na região local. Geralmente ligando terminais às regiões próximas, levando a demanda local até uma linha troncal.

Linha Alimentadora

5.4. Expressa ou Direta

Linha que faz ligações a dois pontos sem ter pontos de parada ao longo do itinerário, somente embarque e desemnarque de passsageiros na origem e no destino final.

5.5. Rápida, Semidireta ou Semiexpressa

Linha que faz ligações a dois pontos tendo poucos pontos de parada ao longo do itinerário em relação à linha convencional.

5.6. Especial ou Eventual

Linhas especiais que funcionam apenas em eventos de grandes demandas. Geralmente festas, comemorações, shows, jogos de futebol ou outra convocação especial.

5.7. Seletivo, Executivo, Suplementar ou Complementar

Linhas com maior flexibilidade no itinerário ou horário, onde podem oferecer serviço diferenciado ao comum. Serviços especiais para portos, aeroportos e outros polos geradores de viagens. Seletivos e Executivos costumam oferecer mais conforto (ar-condicionado, poltronas reclináveis, calefação, wi-fi, tomadas USB, entre outros) em troca de uma tarifa maior. Os Suplementares e Complementares costumam oferecer apoio aos convencionais de alguma forma mais específica de acordo com cada projeto de sistema.

5.8. Escolar e/ou Universitária

As linhas escolares e universitárias podem fazer parte do sistema e assim transportar junto qualquer passageiro para qualquer destino ou então podem ser de caráter público exclusivo ou semipúblico, no qual só transporta estudantes e não sendo integrado ao sistema.

5.9. Corujão, Madrugadão ou Noturno

Linhas especiais com função de atender um ou mais bairros durante a madrugada. Em alguns sistemas podem receber definições diferentes como a partir de um certo horário da noite se chamar corujão e a partir de outro horário se chamar madrugadão. São definições que variam regionalmente, porém de uma maneira geral tratam sobre linhas noturnas.

5.10. Rural, Suburbana ou Semiurbana

Linhas com atendimento à comunidade fora do perímetro urbano. Possível tráfego também em vias sem pavimentação ou estradas locais, estaduais ou federais.

6. Redes de Transporte Público

As redes são definidas pelo tipo de sistema de transporte público que é aplicado na cidade. Existem vários tipos de redes que podem ser implantados em um sistema de transporte coletivo urbano. Muitas vezes um único sistema pode conter várias redes diferentes funcionando em conjunto. É muito importante entender os aspectos de uma cidade, bem como a cultura e os costumes das pessoas que nela vivem. Uma rede é feita para atender a demanda da cidade, suprindo suas necessidades exclusivas e não uma cópia de um sistema de outra cidade. O que é eficiente em uma cidade pode não ser em outra.

6.1. Tipos de Rede

6.1.1. Rede Radial

A mais comum de ser criada. Esse sistema leva todos veículos dos bairros para o centro, em geral as linhas são bairro/centro e centro/bairro. A maior concentração de demanda é situada na região central da cidade. Esse tipo de rede, se mal administrada, pode gerar uma saturação de veículos na área central. Pode ou não contar com integração entre linhas.

Rede Radial

6.1.2. Rede em Malha

Usada para quando a maior concentração não é na região central. As linhas são feitas com intersecções e pontos de integração ou transbordo, sem necessidade de passar pela área central.

Rede em Malha

6.1.3. Rede Tronco-Alimentador

Construída com terminais de integração e linhas com funções definidas. Um terminal em cada centro de demanda com linhas alimentadoras e linhas troncais e interestações que ligam os terminais e à área central.

Rede Tronco-Alimentador
6.2. Serviços de Rede

6.2.1. Serviços Diretos

Serviços diretos levam o passageiro direto de uma área residencial por um corredor principal. Os veículos do sistema de ônibus por vezes dispõem da faixa exclusiva em parte de sua linha. Os veículos comumente operam em faixas exclusivas nas áreas centrais onde a demanda é maior. Nas outras partes da linha, o veículo pode e deve operar em faixas compartilhadas com tráfego geral.

Serviços Diretos

6.2.2. Serviços Tronco-Alimentadores

Serviços tronco-alimentadores utilizam veículos menores em áreas residenciais para oferecer acesso a terminais ou estações de transferência, onde os usuários se transferem para veículos maiores adequados às linhas de tronco (ou linhas troncais). Tipicamente o serviço alimentador opera junto do tráfego misto enquanto os serviços troncais operam em faixas exclusivas de ônibus.

Serviços Tronco-Alimentadores

6.2.3. Serviços Mistos (Híbridos)

Serviços tronco-alimentadoras e serviços diretos não são mutuamente exclusivos. Um desenvolvedor de sistema pode escolher usar diferentes serviços em diferentes partes da cidade, dependendo das circunstâncias locais. Em áreas que abrigam planos residenciais de baixa densidade, um sistema tronco-alimentador pode ser empregado. Em áreas com menor variabilidade na densidade populacional do corredor, serviços diretos podem ser empregados.

6.3. Outras Redes

6.3.1. BRS – Bus Rapid Service

Sistema que trabalha com vias exclusivas, racionalização de linhas, divisão de linhas em pontos de parada e utiliza poucos recursos para implementação.

6.3.2. BRT – Bus Rapid Transit

Contempla conjunto de vias exclusivas com pontos de ultrapassagem, estações de pré-embarque, necessita o uso de linhas troncais e alimentadoras e prioridade semafórica.

Um sistema pode ter uma mistura de vários outros (como já dito anteriormente), porém, um sistema não pode ser definido por conter partes de uma rede. Por exemplo, não existe sistema BRT que não contemple os fatores NECESSÁRIOS para que seja um BRT, não é simplesmente criar uma faixa exclusiva e comprar ônibus de modelo BRT sem ter instalado o sistema propriamente dito.

6.3.3. BHLS – Bus With High Level of Service

Sistema formado com longas vias de faixas exclusivas, intersecções com prioridade semafórica e acesso direto, com integração tarifária e/ou física. Geralmente usado como uma forma alternativa ao BRT por ter menos custos com infraestrutura. Utiliza do sistema tronco-alimentador como estruturas de linhas.

7. Componentes Físicos de Redes

Uma série de recursos podem ser adotados para melhoria das redes, trata-se de implantações isoladas, integradas ou complementares ao sistema, infraestrutura ou operação.

7.1. Terminal

Um terminal pode ser aberto ou fechado. Pode ser localizado em polos geradores de demanda. Para melhor aproveitamento dos terminais, linhas troncais ou interestações são criadas para trazer a demanda de outros polos e as linhas alimentadoras fazem a distribuição da demanda na região.

Terminal

7.2. Estações de pré-embarque ou transbordo

Pontos de parada criados ao longo de uma linha troncal ou interestação em que a cobrança de passagem é feita na entrada do ponto de parada e não no veículo. Agiliza o embarque e diminui o tempo de parada do veículo.

Transbordo

7.3. Faixas exclusivas

São faixas destinadas exclusivamente ao coletivo, sinalizadas na cor azul. As faixas NÃO SÃO CORREDORES, faixas exclusivas não tem barreiras físicas que separam os carros dos coletivos. Podem ou não serem divididas com serviços executivos e táxis.

Faixa exclusiva

7.4. Corredor ou canaleta

Os corredores são pistas exclusivas para o coletivo, porém com barreiras físicas, seja grades, canteiros ou barreiras de concreto que separam os carros dos coletivos.

Corredor

7.5. Vias específicas subterrâneas ou aéreas

Elevados feitos para transporte exclusivo de coletivos sobre pneus ou trilhos. Também por baixo da terra ou por cima da água.

Elevados

7.6. Escalonamento de linhas

Adotados em locais onde tem fluxo de muitas linhas, significa a divisão das linhas em pontos de paradas diferentes ao longo da mesma via.

Escalonamento de linhas

7.7. Ordenadora

Organização da ordem dos coletivos para melhor localização nos pontos de parada em corredores ou faixas exclusivas. Para ver mais detalhes sobre o funcionamento da ordenadora, consultar pelo link.

Ordenadora

7.8. Box ou plataforma de embarque e desembarque nos terminais

Podem ser divididas em lineares (reto, com ou sem afastamento entre veículos), com plataforma de ângulo (no estilo rodoviária), como dente de serra (com entrada e saída independente) ou como ilhas independentes. Apesar de ser amplamente utilizado em rodoviárias para transporte intermunicipal, as plataformas em ângulo também podem ser utilizadas no transporte urbano.

Linear
7.8.1. Plataforma Linear.
Fonte: criado por César Mattos.
Plataforma de ângulo
7.8.2. Plataforma de Ângulo.
Fonte: criado por César Mattos.
Dente de serra
7.8.3. Plataforma Dente de Serra.
Fonte: criado por César Mattos.
Ilhas independentes
7.8.4. Plataforma Ilhas Independentes.
Fonte: criado por César Mattos.

7.9. Pontos de Parada

Qualquer ponto ao longo do itinerário que permite a imobilização do veículo permitindo operação de embarque e desembarque de passageiros. Podem ser divididas em guias de posição normal, recuada e avançada (em relação à calçada).

Posição normal
7.9.1. Guias de posição normal.
Fonte: criado por César Mattos.
Posição normal
7.9.2. Guias de posição normal.
Fonte: criado por César Mattos.
Posição recuada
7.9.3. Guias de posição recuada.
Fonte: criado por César Mattos.
Posição avançada
7.9.4. Guias de posição avançada.
Fonte: criado por César Mattos.

8. Características do Sistema

Para construção de um sistema viário com faixas ou corredores exclusivos para ônibus, é necessário que a largura de cada faixa tenha entre 3,25 e 3,50m. Casos excepcionais podem admitir 3m. A superlargura de curvas deve ser adotada com base no estudo do tipo de ônibus que circulará nelas, bem como os aclives e declives.

A priorização do coletivo em um sistema viário faz com que a velocidade média de cada viagem aumente e a agilidade do sistema melhore. Também pode ser adotado a prioridade semafórica.

Os sistemas de transporte coletivo podem ser definidos a partir de três características: o tipo ou categoria da via, a tecnologia veicular empregada e o tipo de sistema de operação.

8.1. Tipo ou Categoria da Via

Níveis de segregação e tipos de tratamento/operação da via:

8.1.1. Tráfego Misto

Veículos de transporte coletivo circulam junto com o tráfego geral, sofrendo grandes interferências longitudinais e transversais. Cruzamentos em nível frequentes.

Via de tráfego misto
8.1.1. Via de tráfego misto.
Fonte: criado por César Mattos.

8.1.2. Faixa Exclusiva (no fluxo ou contra-fluxo)

Veículos do transporte coletivo trafegam em faixa exclusiva, mas sem elemento de separação física do tráfego geral. A faixa exclusiva costuma estar na lateral da via (embora possa estar também no centro) e ter ou não faixa dupla para ultrapassagem junto aos pontos de parada. Número considerável de cruzamentos em nível.

Via com faixa exclusiva no fluxo
8.1.2a. Via com faixa exclusiva no fluxo.
Fonte: criado por César Mattos.
Via com faixa exclusiva no contra-fluxo
8.1.2b. Via com faixa exclusiva no contra-fluxo.
Fonte: criado por César Mattos.

8.1.3. Pista Exclusivas (canaleta, busway)

Veículos do transporte coletivo trafegam em faixa exclusiva com elemento de separação física do tráfego geral. A faixa pode estar no centro ou nas laterais da via e ser ou não duplicada para ultrapassagem (especialmente junto aos pontos de parada). Poucos cruzamentos em nível.

Via com pista exclusiva
8.1.3. Via com pista exclusiva.
Fonte: criado por César Mattos.

8.1.4. Via Segregada

Veículos do transporte coletivo trafegam em via totalmente segregada, não sofrendo interferências longitudinais ou transversais de qualquer tipo. Não há cruzamentos em nível.

Via totalmente segregada
8.1.4. Via totalmente segregada.
Fonte: criado por César Mattos.
8.2. Tecnologia Veicular

A “tecnologia veicular” refere-se às características mecânicas dos veículos dentro do sistema de transporte urbano. Dentre elas, algumas características principais se destacam:

8.2.1. Apoio

Trata do apoio do veículo em relação ao solo ou estrutura de sustentação: pneus de borracha na estrada, pneus de borracha em guias, rodas de aço em trilhos, roldanas em cabos, embarcações na água, etc.

8.2.2. Orientação

Dirigidos pelos motoristas ou guiados pelas guias, trilhos e caminhos limitados fisicamente, guiados mecanicamente.

8.2.3. Propulsão

Propulsão da energia que move o veículo: motor a combustão (diesel, etanol, gasolina), elétrico (energia elétrica, baterias), gás natural veicular (GNV, GLP), magnéticas (motor de indução linear), tração por cabo de motor estacionário, a ar por motor estacionário, hélice ou rotor, células de hidrogênio, etc.

8.2.4. Controle

Formas de regular a viagem de um ou todos veículos do sistema, como espaçamento longitudinal: manual ou visual pelo motorista; manual ou sinalizado pelo motorista assistido por sinais; totalmente automático com início e supervisão de um motorista; ou totalmente autônomo sem supervisão de motorista.

8.3. Tipo de Sistema e Operação

Com as classificações:

8.3.1. Por Tipos de Rotas e Viagens Servidas

Distâncias curtas e viagens locais, viagens urbanas dentro da cidade e viagens regionais ou metropolitanas.

8.3.2. Por Característica da Viagem

  • Comuns ou paradoras: atendem a todos pontos de parada ao longo da viagem.
  • Expressas, semidiretas ou rápidas: número pré-determinado consideravelmente reduzido ao longo do itinerário.
  • Diretas: embarque e desembarque somente no ponto inicial e final.
  • Suplementares ou extras: acréscimos aos horários comuns para atender a todo ou a uma parte do itinerário.

8.3.3. Por Horário de Atendimento e Finalidade

Serviço com funcionamento o dia inteiro (24h), serviços regulares, serviço em horário de pico, serviço pendular, serviços especiais para datas comemorativas e eventos.

9. Fatores para Cálculo Tarifário

Breve citação dos principais fatores que influenciam o cálculo tarifário. Uma página somente com essas informações em desenvolvimento.

9.1. Custo Variável Mensal do Sistema (CV)

  • Combustível;
  • Lubrificantes;
  • Arla 32;
  • Rodagem;
  • Peças e acessórios;
  • Custos ambientais.

9.2. Custo Fixo Mensal do Sistema (CF)

  • Depreciação;
  • Remuneração do capital;
  • Despesas com pessoal;
  • Despesas administrativas;
  • Despesas de comercialização (aos serviços prestados em terminais e centrais de controle da operação);
  • Locação dos equipamentos e sistemas de bilhetagem eletrônica e ITS;
  • Locação de garagem;
  • Locação de veículos de apoio.

9.3. Remuneração Pela Prestação dos Serviços (RPS)

  • Processo de concessão.

9.4. Alíquotas dos Tributos Diretos (ATR)

  • ISSQN – Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza;
  • PIS – Programa de Integração Social;
  • COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social;
  • INSS – Instituto Nacional do Seguro Social;
  • ICMS – Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços;
  • Taxa de Gerenciamento de órgãos municipais.

9.5. Custo, Seguro e Frete (CIF – Cost, Insuranse and Freight)

  • Óleo diesel;
  • Arla 32;
  • Rodagem;
  • Veículo;
  • Salários e benefícios;
  • Taxas e despesas de licenciamento;
  • Seguros.

10. Impactos nas Implantações dos Sistemas

Para implantação de um sistema, é importante analisar os impactos que esse sistema vai gerar na cidade, lembrando que existem pontos positivos e negativos. Os custos associados aos projetos do sistema são o de implantação e o de operação.

10.1 – Meio Ambiente

Poluição sonora, poluição atmosférica, poluição visual, vibrações do solo, aumento da matriz energética.

10.2 – Social

Desapropriação ou supervalorização de moradias e terrenos, inviabilização ou desenvolvimento do comércio, aumento de empregos.

11. Referências

Os textos são referenciados e comprovados conforme pesquisa e ainda estão em processo de atualização e inclusão de novas informações. Essa ainda não é página final. As referências podem ser encontradas na página feita somente para citação, podendo ser acessada pelo link.

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